Acompanhei Akane até o castelo dela. Na varanda estava
Seiji, que correu para dentro ao me ver. A mãe do garoto chamou-o. Ele,
fingindo estar surpreso, correu em direção da mãe e exclamou com alegria o
retorno da lira.
- Seiji, este é Sesshoumaru e ele veio para te fazer algumas
perguntas.
Ele me olhou com um profundo sentimento de raiva, mas permaneceu na sala
para me ouvir. Não hesitei em perguntar e a preparar minhas garras para uma
provável mentira.
- Qual é o teu interesse em Kiara?
- Não sei do que você está falando.
Estralei meus dedos e
tentei não perder a calma com a expressão cínica dele.
- Vou perguntar mais uma vez: qual é o teu interesse em
Kiara e por que você tentou enforcá-la?
- Eu não sei quem é essa tal de Kiara e eu não saí daqui
durante a madrugada para tentar matar ninguém.
Segurei o garoto pela
garganta com minha mão esquerda, que já estava preparada com a garra venenosa.
Ele se debateu, mas percebeu que eu não estava disposto a poupá-lo e por isso,
tentou um ataque, mas não deu certo. Percebendo que teria o pescoço derretido
em breve, decidiu confessar.
- Ela terá o que merece, há anos que eu desejo ter a filha
de vocês, Miyuki, como esposa e ela me enfureceu, disse que Miyuki era boa
demais para mim e eu deveria desistir dela. Por ela se tua filha, eu deveria
esquecer o fato de ela se minha esposa, pois você jamais permitiria um
relacionamento entre nós. Aquelas palavras nunca mais saíram da minha mente eu
queria me vingar dela, aquela maldita que me humilhou e tentou destruir um
sonho meu. Se não fosse por você, eu teria conseguido.
Soltei o pescoço dele
e soltei uma gargalhada rápida. Atirei a lira para ele e disse, saindo pela
janela:
- Isso é ridículo, eu não acredito que minha esposa foi
quase morta por uma bobagem dessas. Por que você mesmo não conversa com Miyuki
e ouve o que ela tem a dizer? Seria mais fácil do que tudo isso. Se for fazer
isso novamente, olhe para o teu pescoço e se lembre de que eu virei para te
matar e não terei piedade da tua alma.
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